Quando a pandemia surgiu, no início de 2020, dois colegas de profissão, ambos técnicos de audiovisual, perceberam que este grupo profissional não iria ter trabalho tão cedo e que poderiam passar por dificuldades. O espírito empreendedor e de entreajuda levou-os a criar uma página do Facebook. Agora têm uma autêntica União e apoiam de forma regular 340 famílias.
Como sabemos hoje, as medidas restritivas impostas para tentar controlar a pandemia COVID-19 teve um impacto maior em certas áreas. Uma dessas áreas é a da cultura e espetáculos, que foi forçada a encerrar por completo.
Há um grupo de profissionais sem o qual os espetáculos que tanto gostamos – como os concertos, festivais e romarias – não acontecem. Mas estes profissionais, infelizmente, têm um vínculo laboral que é, na sua esmagadora maioria, precário. Foi por essa razão que surgiu a União Audiovisual. Como nos explicou o António Lebres, presidente desta associação criada há apenas um ano, fruto do espírito de entreajuda deste grupo de profissionais.
A previsão, acertada, de dois colegas de que a pandemia iria deixar uma classe inteira em dificuldades, por falta de trabalho, levou a um grupo de Facebook que, em apenas dois dias, já tinha 4.000 membros. Daí começaram a chover os pedidos de ajuda. No início, a União Audiovisual fazia recolhas na rua, construía os cabazes e entregava a quem mais precisava. Até na identificação das pessoas em dificuldades eram os colegas que ajudavam.
A FLAD entendeu que era necessário ajudar estes profissionais nesta altura delicada, naquilo que mais precisavam. Neste caso, a Fundação financiou a compra de uma carrinha para entregas às famílias que não conseguem deslocar-se ao centro e doou 10 mil euros para compra de bens de primeira necessidade, tanto no Continente como nos Açores.
Este apoio faz todo o sentido tendo em conta o espírito de comunidade e o excelente trabalho desenvolvido pela União Audiovisual no apoio aos seus.
Bens como comida, artigos de higiene pessoal e para a casa, e, quando possível, também para animais domésticos, são essenciais, mas também escassos nesta altura difícil para algumas famílias. Mas a generosidade destes profissionais e de todos os que ajudam a associação, permitem à União Audiovisual ajudar regularmente 340 famílias a nível nacional.
A necessidade vai manter-se, pelo menos, por mais um ano, diz António Lebres. A atividade nesta área ainda está muito parada, com poucos espetáculos, limitações no número de espetadores, seja por força das restrições legais ou do receio de serem infetados com o novo coronavírus.
Acresce que a profissão é também muito sazonal. Os espetáculos maiores, como os festivais de música e as romarias, não vão acontecer este verão, mais uma vez, deixando estes profissionais numa situação delicada.
Como Ajudar
Pode ajudar a União Audiovisual doando dinheiro diretamente, mas estes profissionais preferem receber bens alimentares e de higiene, pessoal e para a casa. Esses bens podem ser entregues em pontos de recolha por todo o país.
Se puder doar o seu tempo, pode também ser voluntário e ajudar na construção e entrega de cabazes às famílias mais necessitadas. Basta visitar o site www.uniaoaudiovisual.pt e lá terá toda a informação de que necessita.
Vamos ajudar?
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