A FLAD organizou nos Estados Unidos uma conferência sobre a experiência portuguesa de combate às drogas. O Drug Forum: The Portuguese Experience of Drug Decriminalization, decorreu no passado dia 26 de junho em Fall River, Massachusetts, em resultado de uma parceria com dois políticos luso-americanos – David T. Vieira e Jessica de La Cruz – e instituições locais, com a FLAD a levar a esta conferência João Goulão, Diretor-geral do SICAD, Miguel Vasconcelos, Coordenador do Centro das Taipas, Artur Vaz, Diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária (PJ), e Superintendente Dário Prates, da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Em 2022, a FLAD convidou João Goulão, Diretor-geral do SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, para falar sobre a experiência e a estratégia de Portugal de combate às drogas no encontro anual de políticos americanos com ascendência portuguesa – Legislators’ Dialogue – que a FLAD organiza, sabíamos da importância de fazer esta ligação.
A intencionalidade desse convite deu frutos no passado dia 26 de junho, quando a FLAD organizou em Fall River, Massachusetts – uma cidade onde existe uma grande comunidade luso-americana – o ‘Drug Forum: The Portuguese Experience of Drug Decriminalization’, resultado de uma parceria com dois políticos lusodescendentes, o deputado estadual David T. Vieira (Massachusetts) e a senadora estadual Jessica de La Cruz (Rhode Island), o Center of Biomedical Research Excellence (COBRE) on Opioids and Overdose e o Bristol Community College.
“A política portuguesa de descriminalização do consumo de drogas tem 20 anos de aplicação comprovada e com bons resultados. Foi essa experiência que quisemos levar aos EUA, juntos dos decisores políticos e dos responsáveis pela justiça e pelas forças e serviços de segurança. As realidades portuguesa e americana são diferentes. Não se trata de transpor a nossa política para lá, mas de a dar a conhecer e discuti-la e, assim, permitir compreender melhor que elementos poderão também ser aplicados nos EUA”. – Rita Faden, Presidente da FLAD.
Para partilhar a experiência portuguesa – referência a nível mundial -, a FLAD levou aos EUA uma delegação portuguesa que incluiu, além de João Goulão, também Miguel Vasconcelos, Coordenador do Centro das Taipas, Artur Vaz, Diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária (PJ), e Superintendente Dário Prates, da Polícia de Segurança Pública (PSP).
“O fórum organizado pela FLAD e pelo Bristol Community College foi uma ocasião única para partilhar a experiência portuguesa com os decisores políticos locais, divulgando o nosso modelo integrado orientado para a Saúde Pública e tentando desfazer alguns mitos em torno do quadro legal, que é muitas vezes confundido com uma total liberalização dos consumos.” – João Goulão, Diretor-geral do SICAD
A diversidade da delegação permitiu mostrar as diferentes componentes da experiência portuguesa a decisores políticos e representantes de instituições relevantes para a política de consumo e tráfico de drogas em Rhode Island e Massachusetts, dois estados com uma grande comunidade luso-americana e onde o elevado número de mortes por overdose é um motivo de preocupação crescente.
“O meu objetivo foi juntar as pessoas para mudar este diálogo. Primeiro, para perceber que Portugal não legalizou as drogas e olhar para os detalhos desta política. Em segundo lugar, para criar as relações com quem percorreu este caminho em Portugal. Aqui em Massachusetts, assistimos ao maior aumento anual de mortes por opióides desde o início da pandemia. Claramente que apenas gastar dinheiro e fazer mais do mesmo não nos está a trazer resultados diferentes.” – David T. Vieira, deputado estadual por Massachusetts.
O interesse demonstrado pelos participantes em questões como a diferença entre legalização e descriminalização, a articulação com as forças de segurança, o acesso a tratamento e a reinserção dos consumidores na sociedade, revela o quão importante é a experiência portuguesa.
Mas também demonstra que estabelecer pontes entre Portugal e os Estados Unidos vai além de receber e assimilar o que de melhor se faz nos Estados Unidos. Portugal é hoje um país moderno, dinâmico e inovador, com soluções para emprestar em várias áreas.
Na FLAD, continuaremos a trabalhar com a nossa comunidade para promovermos soluções.
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