Na edição desta semana da Newsletter do Observador – Especial Eleições Americanas, o jornalista João de Almeida Dias relembra as histórias e peripécias de um tema que voltou a ser controverso após Donald Trump ser diagnosticado com COVID-19: a saúde dos candidatos.

Corria o ano de 2016 e muito se debatia sobre o relatório médico de Donald Trump. O então candidato republicano acusava Hillary Clinton de estar doente e de não ter condições de saúde para ser Presidente dos Estados Unidos, mas a informação que deu sobre a sua saúde estava longe de ser detalhada: apenas uma declaração do seu médico a dizer que encontrava em grande forma.

Se é verdade que os eleitores norte-americanos já se habituaram a ter um conjunto de informação sobre aqueles que se propõem a liderar os destinos da super potência, também o é que Donald Trump está longe de ser o único a não ser completamente transparente no que à sua saúde diz respeito.

Exemplo disso é Bill Clinton, o democrata que venceu as eleições em 1992 e novamente em 1996, e em nenhuma dessas ocasiões divulgou um relatório médico detalhado como era prática até então. Há também os casos de Grover Cleveland, operado a um cancro durante o seu segundo mandato em 1893 e que apenas foi conhecido nove anos depois da sua morte, do enfarte de Woodrow Wilson, do estado de saúde de Franklin D. Roosevelt, que morreu em 1945, e do próprio John F. Kennedy.

Numa altura em que a liderança dos Estados Unidos é disputada por dois homens com mais de 70 anos – Donald Trump tem 74 anos e Joe Biden 77 -, e que o mundo enfrenta uma pandemia de um vírus potencialmente fatal, será que a saúde vai pesar na altura de os americanos irem às urnas?

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