A artista Rosa Baptista é a vencedora do Prémio FLAD de Desenho 2024 – uma iniciativa da FLAD, em parceria com a Drawing Room Lisboa -, e irá receber um prémio monetário de 20 mil euros. O anúncio foi feito na Drawing Room Lisboa, onde também decorreu uma exposição com obras dos dez finalistas do Prémio.
O anúncio foi feito este sábado na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, onde até ao dia 27 de outubro se realiza a Drawing Room Lisboa, feira de arte contemporânea dedicada ao desenho.
O Prémio FLAD de Desenho, no valor de 20 mil euros, foi atribuído nesta que é a 7ª edição da Drawing Room Lisboa, após cerca de 200 candidaturas e 10 artistas finalistas selecionados: Bárbara Fonte, Carla Rebelo, Carlos Mensil, a dupla Daniel Moreira e Rita Castro Neves, Diogo Pimentão, Gonçalo Sena, Maria Condado, Mariana Barrote, Priscila Fernandes e Rosa Baptista.
Na opinião de Monica Careaga, Diretora da Drawing Room Lisboa, “os desenhos de Rosa Baptista dão continuidade a uma longa tradição de análise crítica da realidade por meio do desenho, demonstrando constantemente o seu poder de comover e denunciar. Além disso, apresentam uma formalização eficaz, espontânea e atrativa, na qual cores, textos e personagens criam um mundo próprio, marcado tanto pela diversão quanto pela ferocidade”.
Para Nuno Nunes-Ferreira, Presidente do Júri do Prémio FLAD Desenho, “sem nunca se afastar do lugar da arte, o trabalho de Rosa Baptista surpreende pela mestria do recurso à banda desenhada num inquietante humor crítico e irónico a questões sociais e políticas relevantes da sociedade atual”.
A vencedora da edição de 2024 do Prémio FLAD de Desenho foi anunciada este sábado na Drawing Room Lisboa, feira que se associa mais uma vez à realização desta iniciativa e na qual estão expostas obras dos 10 finalistas desta edição do prémio.
Antes de Rosa Baptista, os artistas distinguidos com o Prémio foram Pedro Tropa, Maria Capelo e Carla Filipe.
Sobre a vencedora
Rosa Baptista (Lisboa, 1980) é uma artista visual que vive e trabalha entre Lisboa e Santa Maria, nos Açores. A sua obra explora questões existenciais, apresentando a criação artística como uma tentativa de adiar a inevitabilidade da morte. O seu trabalho caracteriza-se pela combinação de elementos da História com referências da cultura pop, integrando frequentemente frases e palavras que se entrelaçam com os desenhos. O uso expressivo da cor é também uma marca constante nas suas obras.
Baptista é cofundadora e membro do coletivo Pizz Buin, fundado em 2005, conhecido pela sua abordagem performativa e experimental. O grupo é fortemente influenciado pelas vanguardas artísticas das décadas de 1960 e 1970, utilizando a crítica e o humor como principais meios de expressão.
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