O Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, em coprodução com a FLAD, lança, já no próximo 27 de março, a exposição A Escritora – Ana Hatherly na Coleção da FLAD.
A primeira exposição nos Açores dedicada inteiramente a Ana Hatherly, contem um importante núcleo de trabalhos da artista, entre 1964 e 1989, que pertencem à Coleção FLAD. Conhecida como a pintora das palavras, Ana Harthely é a artista com maior representação na Coleção FLAD, incluindo 222 obras.
Nas mais de 60 obras dadas a conhecer, em breve, na ilha de São Miguel, Açores, é possível testemunhar a pesquisa desenvolvida pela artista em torno da letra e da escrita, que revelam, de acordo com João Mourão, diretor do Arquipélago e curador da exposição, “(…) a mão inteligente para quem é impossível distinguir entre artes visuais e poesia, imagem e texto, experimentação e academia.”
Em exibição entre 27 de março e 20 de junho, no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, aproveite esta oportunidade para conhecer melhor o trabalho da artista Ana Hatherly.
Até breve!
Sobre a artista Ana Hatherly
Ana Hatherly nasceu no Porto, em 1929. Artista plástica, escritora, ensaísta, realizadora, licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorada em Literaturas Hispânicas pela Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Interessada em todas as formas de comunicação, começa a desenvolver o seu trabalho no campo da escrita e do desenho. Escreve o seu primeiro livro de poesia em 1958, “Um Ritmo Perdido”, como alusão à carreira musical que não prosseguiu. Foi o início de uma extensa obra poética. Membro do Grupo Experimentalista Português, Ana Hatherly foi um dos teorizadores deste movimento iniciado nos anos 60, em Lisboa.
Fundou, em 1988, a Revista Claro-Escuro. Participou em numerosas exposições, com destaque para a Alternativa Zero, em 1977, que marca o despertar do país para a vanguarda artística. Destaque para a grande exposição da sua obra visual produzida no período entre 1960 e 1990, no CAM, em 1992. Em 2017 o Museu Gulbenkian e a Fundação Carmona e Costa revisitaram a sua obra. Faleceu a 5 de agosto de 2015, em Lisboa. Tinha 86 anos.
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