Vamos dar a conhecer este sábado o vencedor do Prémio FLAD de Desenho 2021, pelas 18:00, na Drawing Room Lisboa, que decorre na Sociedade Nacional de Belas Artes. O vencedor receberá um prémio monetário de 20 mil euros.
Os artistas portugueses que desenvolvem o seu trabalho na área do desenho aderiram em grande número a esta iniciativa, que recebeu mais de 300 candidaturas, naquela que é ainda a primeira edição deste prémio.
“Depois de uma adesão espetacular, mais de 320 candidaturas, foi possível escolher um grupo muito forte de finalistas, que representam um leque variado de aproximações ao desenho”. – Rui Sanches, presidente do júri do Prémio FLAD de Desenho 2021.
Os finalistas desta primeira edição já têm os seus trabalhos expostos na Drawing Room Lisboa até domingo, 31 de outubro. São eles:
MUSA PARADISIACA
Vivem e trabalham em Lisboa, Portugal. Musa paradisiaca é um projeto artístico de Eduardo Guerra (Lisboa, 1986) e Miguel Ferrão (Lisboa, 1986) centrado no diálogo. Tendo início em 2010, com a apresentação de um conjunto de ficheiros sonoros em www.musaparadisiaca.net, a prática de Musa paradisiaca tem vindo a pluralizar-se desde então. Em contexto discursivo, participativo ou expositivo, Musa paradisiaca pode ser definida pela produção de esculturas, filmes, desenhos e ações performativas, entre outras. Ao reunir diferentes entidades, praticantes, especialistas ou referências, sejam estes de cariz coletivo ou individual, Musa paradisiaca tem estabelecido uma afinidade de pensamento que partilha e revela várias vozes.
ADRIANA MOLDER
Adriana Molder nasceu em Lisboa em 1975. Fez o curso de Realização Plástica do Espectáculo na ESTC e de Desenho e Artes plásticas na Ar.Co, em Lisboa. Participou em residências internacionais como a da Budapest Galeria (Budapeste) e foi artista residente na Künstlerhaus Bethanien (Berlim) em 2007, ano em que ganhou em Berlim (onde residiu treze anos) o prémio revelação artes plásticas Herbert Zapp. Expõe individualmente em Portugal e no estrangeiro desde 2002.
SARA BICHÃO
Sara Bichão (Lisboa, 1986) vive e trabalha em Lisboa. É licenciada (2008) e mestre (2011) em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Integrou várias residências artísticas como a Residency Unlimited (2012, EUA), ADM-PIRA (2016, México), Artistes en Résidence ou Cité Internationale des Arts (2017e 2019, França). Expõe regularmente desde 2009.
PEDRO TUDELA
Nasceu em Viseu, em 1962. Concluiu o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1987. Professor Auxiliar da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Enquanto aluno da ESBAP, foi cofundador do Grupo Missionário: organizou exposições nacionais e internacionais de pintura, arte postal e performance. Participa em vários festivais de performance desde 1982. Encontra-se representado em museus, coleções públicas e particulares. Vive e trabalha no Porto.
SARA CHANG YAN
Sara Chang Yan (Lisboa, 1982) vive e trabalha em Lisboa e no Pico. É licenciada em Arquitetura na FA-UL, e realiza o Curso Regular de Desenho, o Curso Avançado em Artes Plásticas e Projeto Individual no Ar.Co, no qual recebe a bolsa de estudo da Fundação Carmona e Costa (2013). Em 2015, é selecionada para a residência artística Getting Lost dirigida por Julie Mehretu, na Fundación Botín em Santander. E no mesmo ano, recebe o Prémio Artes Visuais para Jovens Criadores, da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2016, é selecionada para a residência artística Open Sessions 2016-2017 no The Drawing Center em Nova Iorque.
MATTIA DENISSE
Nasceu em Blois, França, 1967. Vive em Lisboa, Portugal, desde 1999. Estrangeiro ou extraterrestre, Mattia Denisse nunca se sentiu de nenhum lado. Por não ter paciência para esperar ser condenado por outros ao exílio, viajou pela Europa, África e Brasil, procurando algures o que ele poderia ter provavelmente achado se ficasse onde estava. Como “é preciso traficar alguma coisa enquanto se espera que a noite venha”, ele escolheu a arte ou a arte escolheu-o, como meio, para sobreviver.
ANAMARY BILBAO
AnaMary Bilbao nasceu em Sintra (1986). Encontra-se a finalizar o doutoramento em Estudos Artísticos (FCSH – Universidade Nova de Lisboa e Birkbeck – Universidade de Londres). Em 2019 foi nomeada para o Prémio Novos Artistas Fundação EDP (13ª Ed.). Como afirma a artista, “nas suas obras a perda contida nas fissuras, rasuras e intervalos é a oportunidade que permite o espaço para a dúvida, o espaço livre de onde tudo pode despontar, porque não há verdade de antemão, só interrupções e conexões.”
PEDRO TROPA
Pedro Tropa é artista, fez a sua formação em Desenho e Fotografia no Ar.Co tendo terminado os seus estudos na School of The Art Institute
of Chicago, EUA. Há cerca de duas décadas que o seu trabalho em desenho, fotografia, texto e som está fortemente ligado à paisagem e à sua prática
enquanto montanhista. Pertence desde 2009 ao grupo de artistas da Galeria Quadrado Azul. É artista colaborador desde 2018 do coletivo Osso e é membro fundador do projeto Matéria Simples.
PEDRO HENRIQUES
Pedro Henriques (1985) estudou Pintura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Expõe regularmente desde 2008, nomeadamente em instituições tais como: Lehmann Silva, Porto, 2020; CAV, Coimbra, 2020; Matadero, Madrid, 2018; National Gallery, Praga, 2017; Museu de Serralves, Porto, 2014/15/16, entre outras. Foi finalista do Prémio EDP Novos Artistas em 2013 e vencedor do Prémio Novo Banco Revelação em 2014. Vive e trabalha em Lisboa.
GONÇALO PENA
Gonçalo Pena (1967) vive e trabalha em Lisboa e Guimarães. É formado em pintura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. É doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. O seu trabalho desenvolve-se sobretudo nas áreas do desenho e pintura. O seu trabalho em desenho tem vindo a ser publicado desde 2014 pela Mousse Publishers (edição de João Maria Gusmão + Pedro Paiva). Em 2021 foi editado o terceiro volume.
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